quinta-feira, 12 de junho de 2008

ratzel e o sport recife

o sport recife é o mais novo campeão da copa do brasil. eliminando favoritos, todas as vezes fazendo o resultado em casa, a equipe pernambucana venceu ontem o corinthians na final e faturou o caneco. mas qual será a receita do sucesso do leão do norte?
com um time muito experiente, cheio de "refugos" de vários grandes clubes do brasil, como daniel, agora daniel paulista (ex-corinthians), sandro goiano (um puro-sangue ex-grêmio), romerito (ex-corinthians), leandro machado (ex-internacional), enílton (ex-palmeiras), roger (ex- são paulo e palmeiras) e principalmente carlinhos bala, que passou pelo cruzeiro mas voltou a pernambuco, comandados pelo, não menos refugo, técnico nelsinho baptista (ex-quase todas as equipes do brasil e do japão), o sport trucidou todos os adversários na ilha do retiro, vencendo a copa e conseguindo assim, também, uma vaga na libertadores do ano que vem.
se para friedrich ratzel, geógrafo determinista alemão, território significava poder, para a equipe do sport, campeã da copa do brasil 2008, com méritos, não foi diferente. porém, o predomínio do fator campo para a equipe pernambucana se traduziu, não só através do apoio de sua fanática torcida, como também como um elemento de intimidação, se valendo de atitudes escusas como não permitir que o time adversário se aquecesse no gramado e não ceder a carga de ingressos adequada à torcida do time visitante. fora tudo isso, o fator campo para o sport foi ainda mais decisivo em outro sentido, muito mais inusitado e pouco abordado pela mídia até aqui. como ainda ninguém se perguntou como jogadores de tão baixo nível técnico como os do sport, comandados por um técnico tido como ultrapassado como nelsinho baptista, conseguiu resultados tão expressivos diante de times como inter, palmeiras e até corinthians, todos com elencos e comissões técnicas de níveis superiores aos seus? para mim, uma coisa ficou clara: o fator campo em sua concepção mais crua, o campo de jogo, propriamente dito, o gramado que, na ilha do retiro, mas se assemelha a um pasto ou a uma plantação de batatas, lugar em que o sport treina todos os dias, conhece todos os buracos e imperfeições, já se acostumou com os "quiques" inesperados de cada passe ou chute e sabe exatamente a velocidade que deve ser imposta à bola para cada tipo de jogada. quem disse que o fator campo (ou território) não ganha jogo, acertou, pois ele ganha muito mais do que isso; ganha título.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fiii, que legal seu blog!!! Voce escreve muito bem, viu!!! :) Nao entendo muito de futebol,e apesar de ser sao paulina, estava torcendo pro corinthians nesse jogo só pra voces poderem comemorar!!! hehehe.
Beijos querido!!! Pe