quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

ronaldo II

Viotto Caricaturas - http://viottoo.blogspot.com



a imensa torcida corinthiana, da qual tenho muito orgulho de fazer parte, teve um grande presente de natal. para alguns maldosos, um natal gordo. ronaldo fenômeno, maior artilheiro da história da copa do mundo, é do timão. independentemente de não jogar bem há muito tempo, de estar fora de forma, de ser flamenguista declarado e de, para muitos, já estar acabado para o futebol profissional, ronaldo é um ícone do futebol mundial e não pode ser desprezado. já deu a volta por cima em 2002, ganhando a copa do mundo como melhor jogador (menos para a fifa), e tem todas as condições de realizar feito semelhante este ano. vale a pena esperar.
todavia, o nome "ronaldo" já é sagrado no timão há duas décadas. todo corinthiano que já antigiu a idade adulta, quando pensa em ronaldo, a primeira figura que vem à cabeça é a de ronaldo soares giovanelli, goleiro que foi titular do corinthians de 1988 a 1998, jogando mais de 500 partidas. ronaldo, para muitos, foi o maior goleiro da história do corinthians e é corinthianíssimo declarado. hoje comentarista de futebol de uma emissora de televisão, faz questão de torcer abertamente para o corinthians, sempre que é dada alguma oportunidade de fazê-lo.
ronaldo era um goleiro com estilo. se agigantava em decisões, porém muitas vezes tinha atuações pífias em jogos sem importância. dono de personalidade forte, de atitude tão explosiva que beira a insanidade, ronaldo era respeitado por todos os que se atreviam a jogar no "seu" corinthians. tinha voz ativa na equipe e fazia questão de cobrar, acima de tudo, muita raça dentro de campo. raça que jamais faltou a ronaldo, tanto nos jogos, quanto nos treinos. ronaldo também gostava de desenhar as suas camisas. tinha um gosto muito duvidoso, porém se destacava em campo. cores berrantes e o número 1 às costas em algarismo romano, o famoso I, sua marca registrada. também foi um dos primeiros a autografar a camisa. ronaldo era um goleiro de defesas de grande plasticidade, adorava dar pulos desnecessários para sair bonito na foto. ronaldo também é rock'n'roll. quando ainda jogava no corinthians em 1997, gravou um disco com a banda "ronaldo e os impedidos" e, posteriormente, outro cd com a banda "ronaldo e os fora da lei". grande ronaldo!
ronaldo ganhou, pelo corinthians, os títulos paulistas de 1988, 1995 e 1997, a copa do brasil de 1995 e o brasileirão de 1990, seu título mais importante, e do qual foi peça decisiva ao lado de neto, o eterno xodó da fiel. infelizmente, no início de 1998, o corinthians contratou vanderlei luxemburgo como técnico que, por via de regra, sempre costuma mandar embora os jogadores famosos de seu elenco, para que estes não apareçam mais do que ele, e para que não tenham grande influência em seu grupo de comandados. e assim foi, luxemburgo dispensou ronaldo do corinthians. uma grande perda.
quanto a ronaldo fenômeno, torço para que faça grande sucesso no corinthians, que seja um grande artilheiro e que ganhe muitos títulos. porém, por mais que seja ídolo do futebol brasileiro, por mais que venha a ser bem sucedido no corinthians, para a enorme torcida corinthiana, jamais será maior que o grande goleiro ronaldo. será, na melhor das hipóteses, um segundo ronaldo ou, simplesmente, ronaldo II. sem dúvida, uma grande honra.

sábado, 6 de dezembro de 2008

nós, cardíacos.

nós, cardíacos, somos doentes só pelo nosso time, ainda bem.
cada um à sua maneira, na presença ou na ausência, agregados pela mesma camisa.
nós, cardíacos, temos a mania de perder e persistir; e perstistir tanto até ganhar. nós não temos lá muita técnica, mas temos raça. e que raça!
raça como a de lucas, nosso goleiro, que ao melhor estilo goycochea 'tapa penales', fez as ovelhas virarem carneirinhos nas suas mãos. e levou nós, cardíacos, ao g-8.
nós também temos técnica. técnica indiscutível como a de nosso camisa 10 (que, por humildade, usa a 20), fuji, que quando decide abrir a chapelaria, ninguém segura, é chapéu pra todo lado. fora as canetas, lançamentos, deslocamentos, chutes, roubadas de bola, e por aí vai.
nós, cardíacos, temos também thiagão, o bombeiro. mas pra botar fogo no jogo, com sua força, visão de jogo e passes precisos. melhor ainda, um verdadeiro corinthiano. mas isso é outra história.
nós, cardíacos, temos um judoca. grande demétrius! um verdadeiro lutador em quadra, com grande espírito de equipe e incansável na marcação. este ano, premiado como autor do único gol (não-contra) da heróica campanha cardíaca. aliás, um golaço.
nós temos giba, líbero no vôlei e guerreiro na quadra de futsal, adrenalina e muita velocidade.
temos velho, racional acima de tudo, porém exemplarmente esforçado. com o velho, vontade nunca falta. paixão pura.
temos barba, nosso representante do oriente médio, com seu bombardeio incansável à trave adversária. sem dúvida, de grande valor para a equipe.
nós, cardíacos, temos linus. nipo-caiçara, veio das praias de santos para dar alma argentina ao time. catimba, divididas duras e discussões. linus nos fortalece frente aos oponentes e à arbitragem.
nós temos piau, fixo e relações públicas do elenco. grande contador de histórias, usa caneleiras e shorts pra dentro. é isso aí piau, estilo é tudo, estamos com você!
nós, cardíacos, temos cascão, o intelectual do time. entre um cigarro e outro e alguns atrasos, cascão (joão para os íntimos) é o nosso canhoto, grande sociólogo em quadra. deleuze teria orgulho de vê-lo jogar.
nós temos ishi. grande geoprocessador, é calma e serenidade. e, acima de tudo, corinthiano!
temos também marcelo, nosso fotógrafo oficial. vouyeurismo e indiscrição.
temos, embora ausentes do elenco deste ano, porém co-fundadores do time, lagoinha, da turma do amendoim, e fabricius, o político-cardíaco.
como torcedores, nós, cardíacos, temos ninguém menos que os irmãos (quase) gêmeos kk e júnior do multi-estrelado e campeoníssimo time do macd.
nós também temos eu, sanches. o camisa 9 mais ausente da história do futsal e mal-aventurado treinador, porém possuidor da qualidade mais importante para um cardíaco: alma de cardíaco. mesmo a distância, sempre mantendo o estilo de vida cardíaco e mandando boas vibrações para a equipe.
nós, cardíacos, temos o direito e devemos comemorar a campanha deste ano. mas, com os pés no chão, sempre vislumbrando vôos mais altos. porém, jamais deixando de lado o espírito cardíaco. o de jogar para se diverir entre amigos.