terça-feira, 10 de novembro de 2009

vai, flamengo!

amigos, nesta postagem estou repetindo parte do texto originalmente publicado neste blog no dia 04/09/2008. é uma homenagem ao flamengo, clube que venceu o galo no mineirão no último domingo e que, diante do que se apresenta, terá, daqui até o final do campeonato, a minha torcida para que conquiste o brasileirão deste ano.


sobre o clube de regatas do flamengo

era 1912. o flamengo já tinha 17 anos de fundação, porém jamais havia se aventurado num campo de futebol. era um clube de regatas, apenas regatas. fluminense e botafogo já faziam seus matches desde a década anterior. como descreve brilhantemente mario filho em seu clássico "o negro no futebol brasileiro", naquele ano de 1912, assim surgiu o flamengo que hoje conhecemos:



(à época havia) Um traço comum: a paixão pelo futebol. Era isso que assustava o clube de remo. De tal modo que foi uma luta convencer o Flamengo a entrar para o futebol. Nem mesmo recebendo de presente um time campeão, inteirinho, que tinha saído do Fluminense.


Dos campeões de 11, somente dois ficaram fiéis ao Fluminense: Osvaldo Gomes e Calvert. Os outros, Baena, Píndaro e Neri, Lawrence, Amarante e Galo, Baiano, Alberto Borghert e Gustavo de Carvalho, alguns do Rio (Futebol Clube), o clube de garotos do Fluminense, dispostos a ir para o Flamengo. E levando sócios com eles, torcedores, gente que o Flamengo precisava.


O Flamengo hesitou, acabou cedendo, mais para fazer uma experiência. Se o futebol não combinasse com o remo, nada feito.


...


(poucos anos depois) Também o remo e o futebol já se tinham misturado. O Flamengo não era mais dois clubes que viviam juntos, um de remo, outro de futebol, era um clube só. Com mais glórias até no futebol do que no remo. Só depois de levantar dois campeonatos de futebol é que o Flamengo levantou um campeonato de remo.


O futebol fizera-o mais forte em tudo, até no remo.



e foi assim que surgiu a maior torcida de futebol do mundo. deste embrião.
o flamengo sempre foi grande no futebol. pode-se dizer que este período de abnegação ao esporte bretão, de 17 anos desde a sua fundação, foi uma espécie de gestação do sentimento futebolístico no coração do flamenguista. e quando este desabrochou, foi com vontade. o flamengo é raça, paixão, tradição. o flamengo é arte. é futebol-arte.
o flamengo só não teve pelé porque o rei era vascaíno, mas teve seu antecessor e seu sucessor zizinho e zico, respectivamente. teve também dida, ídolo de zico. dida era o camisa 10 e principal craque da seleção às vésperas da copa de 58, quando sofreu uma contusão e deu lugar ao jovem pelé. até garrincha jogou no flamengo, porém sem brilho, em fim de carreira. nem precisava, seria muita crueldade que garrincha não tivesse brilhado no botafogo, e sim no flamengo.
os campeonatos começam e terminam, o flamengo os vence ou os perde, mas aconteça o que acontecer, o flamengo continua flamengo. não sou flamenguista, particularmente no rio de janeiro até tenho mais afinidade com o botafogo, mas é impossível ficar indiferente ao brilho ofuscante do flamengo.

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