olimpíadas, o maior evento esportivo do planeta. quantas vezes você ouviu ou leu esta frase nos últimos dias?
o espírito olímpico no brasil não vinga, é impressionante. é incrível como o povo não tem tempo, interesse e nem vontade de acompanhar o evento olímpico. ainda mais com os horários em que são realizados na edição deste ano. mas o problema do espírito olímpico brasileiro tem fundo muito mais grave. a raiz está na educação.se é que algum dia chegou a ser, há muito tempo a educação deixou de ser prioridade no investimento público brasileiro. um dos reflexos deste descaso é a falta de prática esportiva na maioria das escolas do país, o que, dentre outros efeitos sociais devastadores, ocasiona uma terrível escassez de talentos esportivos. sem estes talentos revelados, o brasil vai ficando para trás na maratona olímpica por medalhas e, assim, deflagrando o roubo (recordista mundial) das federações, confederações e comitê olímpico nacionais. um ato mais nefasto que um simples desvio de verbas públicas em benefício de dinastias intermináveis de dirigentes inescrupulosos que fazem dos órgãos que administram o esporte nacional verdadeiras "casas da mãe joana", queimando as já insuficientes cotas de dinheiro público destinado ao desenvolvimento esportivo, um ato criminoso, cujas conseqüências são sentidas a longo prazo, em forma de impulso em nossas abandonadas crianças para o mundo do crime.
além disso tudo, ainda cria, em grande parte da população, um sentimento de desinteresse pelo esporte em geral, semelhante ao já consolidado desprezo pela política nacional, uma sensação de impotência diante do poder tirânico dos faraós dos campos, quadras, piscinas e pistas brasileiros. a única paixão que transcende todo esse sentimento é o futebol.
pois bem, para boa parte do povo brasileiro a única coisa que interessava nesta olimpíada era a conquista inédita da medalha de ouro no futebol masculino, para muitos o único título que faltava no imenso quadro de honras do futebol brasileiro. faltava não, ainda falta. ignorando a paixão enraizada na cultura brasileira pelo futebol, os mesmos dirigentes de sempre repetiram a mesma fórmula de todas as outras olimpíadas: falta de planejamento, que passa pela contratação de um técnico inexperiente, incompetente e altamente manipulável, uma administração criminosa, que privatizou o direito de explorar a imagem da seleção e marcar torneios e amistosos, como se o futebol brasileiro fosse propriedade de alguma pessoa, que comprovadamente lucra (e muito) com tudo isso e nada repassa em benefício do desenvolvimento do esporte no país; que poderia ajudar, por exemplo, as meninas do futebol feminino que, mais uma vez, nos enchem de orgulho e vão disputar a medalha de ouro. mas nada faz por elas.
enfim, foi 3 a zero para a argentina, fora o baile. uma tragédia anunciada, com feições olímpicas. porém, com raízes dolorosas, conclusivas e, fundamentalmente, brasileiras.
além disso tudo, ainda cria, em grande parte da população, um sentimento de desinteresse pelo esporte em geral, semelhante ao já consolidado desprezo pela política nacional, uma sensação de impotência diante do poder tirânico dos faraós dos campos, quadras, piscinas e pistas brasileiros. a única paixão que transcende todo esse sentimento é o futebol.
pois bem, para boa parte do povo brasileiro a única coisa que interessava nesta olimpíada era a conquista inédita da medalha de ouro no futebol masculino, para muitos o único título que faltava no imenso quadro de honras do futebol brasileiro. faltava não, ainda falta. ignorando a paixão enraizada na cultura brasileira pelo futebol, os mesmos dirigentes de sempre repetiram a mesma fórmula de todas as outras olimpíadas: falta de planejamento, que passa pela contratação de um técnico inexperiente, incompetente e altamente manipulável, uma administração criminosa, que privatizou o direito de explorar a imagem da seleção e marcar torneios e amistosos, como se o futebol brasileiro fosse propriedade de alguma pessoa, que comprovadamente lucra (e muito) com tudo isso e nada repassa em benefício do desenvolvimento do esporte no país; que poderia ajudar, por exemplo, as meninas do futebol feminino que, mais uma vez, nos enchem de orgulho e vão disputar a medalha de ouro. mas nada faz por elas.
enfim, foi 3 a zero para a argentina, fora o baile. uma tragédia anunciada, com feições olímpicas. porém, com raízes dolorosas, conclusivas e, fundamentalmente, brasileiras.